quinta-feira, 14 de junho de 2012

Não faz sentido


Fecharam a porta a minha frente
Duas trancas diferentes 
"Click"... "Click"
Ainda sinto seu vento passando rente.

Tudo perde a razão que nunca teve nestas noites

Sempre gostei do rio frio,
Não dos quentes e atrativos.
E sim dos frios que chamam os de coração em brasas.

As luzes se apagaram,
Quem bateu as palmas desta vez?
O show não acabou!
Quero o resto da peca, quero pular no palco e gladiar um pouco mais.
Tudo que peco é que se abra as cortinas para eu pular na arena
Que se abaixe o plano de fundo, que se ascenda os holofotes,
Que se tiver algum dono do teatro, que solte as coleiras dos leões
Que  jogue do alto as cobras africanas
Que chame ao palco os palhaços mais risonhos
Os cientistas menos loucos
E o fogo mais quente.

Pois apesar de tantos "que's" 
Quero lutar para que quando eu de meu pulo final no rio
As luzes se ascendam e eu observe os que estão na plateia 
E quando finalmente chegar em seu fundo
Molhe os que aplaudiram de pé 
Pois nesta hora, a água irá se aquecer com meu sorriso.





João Paulo Capovilla Francischini 14-06-2012

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