quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Pararatimbum

Que palavras belas que me seguem,
Pararatimbum,
Feito criança estou a cantar,
Pararatimbum,
São como um gosto,
Pararatimbum,
Que me refina o paladar da alma,
Pararatimbum,
E me faz relembrar,
Parartimbum,
As cirandas que me cercavam,
Pararatimbum,
E os antes deuses adultos,
Pararatimbum,
A me acariciar,
Pararatimbum,
Bem me lembro,
Pararatimbum,
Do pirulito que a pouco acabei de ganhar,
Pararatimbum,
E ainda sinto teu gosto,
Pararatimbum,
E ele me faz cantar,
Pararatimbum.

João Paulo Capovilla Francischini 28-12-2011

domingo, 25 de dezembro de 2011

Riacho Calmo

Escrevo-me oque acho que sou,
Temo oque sinto.

Temo que as palavras se revoltem,
E voltem a mim,
Com o verdadeiro nome a me esperar.

Temo que em um total de frases,
Eu transcreva os olhos que me vejo,
Os chicotes que me purifico.

Temo ainda mais,
Que o texto que me tenta,
O texto que me vicia,
O mesmo texto que aqui escrevo,
Seja apenas mais um dos espelhos que me vejo,
Um espelho que me mostre,
Oque não quero enxergar.

João Paulo Capovilla Francischini 25-12-2011

sábado, 24 de dezembro de 2011

Tempestades Duvidosas

Oh apocalipse de meus sonhos,
Um dia sei que terei de acordar,
Com pássaros mortos,
Que levam contigo meu pesar.

Oh apocalipse que me chega,
Nunca gostou de tardar,
O dia passa tão rápido,
A noite relógios mal podem acompanhar.

Oh lembranças destas noites,
São tormentas a me sufocar,
São memorias do bom,
Que já não mais está.

Oh se um dia,
Me agraciassem com o dom,
De o tempo parar,
O tempo bom nunca ia se deixar trovejar.

Este dom iria me atormentar,
Por noites tempestuosas iria passar,
Dias quentes de verão não iria aproveitar,
Sempre pensando que um tempo melhor hei de vir,
Até que o tempo se acabe,
O amargo somente ei de eternizar.

João Paulo Capovilla Francischini 24-12-2011

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Trilha do cego

Apenas desço,
Até encontrar,
O Riacho a se lamuriar.

Doce dama que me sorri ao chegar
Pergunto-me onde estou,
Ela me diz onde meu ser não esta.

A volta não mais existe,
Palavras estão em teu lugar,
A frente apenas me vejo o Rio a chamar.

"Ei de seguir em frente Nobre Guerreiro,
Não perde a esperar,
Oque Ele, vai lhe proporcionar..."

Ao pisar...
Negro sobre água eu senti,
A me renovar.

As águas eram de loucuras que não temia pensar,
Os monstros que ali viviam nunca pude imaginar.

Nobre Dama que me esperou finalizar,
Com adaga as mãos,
Minhas costas começaram a gritar.

Entre dores antes inexistentes,
Ouvia Ela a cantar,
"Nobre Guerreiro és,
Asas deveis ganhar".

A trilha do cego estava a começar,
E com o silencio do mundo,
Ei de continuar.


João Paulo Capovilla Francischini 22-12-2011



Todo Anjo é terrível

Cravados em minhas unhas e dentes,
Está o pesadelo dos que a sociedade julgam doentes.

Eis o meu troféu.
Que não o confundas,
Com liberdade,
Como eu confundi.

É um troféu de asas,
Que a pouco aprendi a usar.

É um troféu que nunca desejei,
Este afugenta os pássaros que cantarolam,
Ao meu acordar.

João Paulo Capovilla Francischini 22-12-2011

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Ritmo Pintado

Efêmeros são os pensamentos,
Que narram a melodia de minha trajetória.

Altas são as batidas entoadas pela alma,
Ensurdecedoras as questionadas pelo pensamento.

Com os acordes pinto o oásis que me é a vida.
Não me importam, sejam estes altos ou baixos,
Importando-me apenas que esta pintura melódica seja vivida.

Caprichos não a fazem, apenas notas expressivas me são bem vindas.

Muitos se indagam sobre este som que vejo.
Apenas digo que ele é a folha,  prestes a ser quem sabe, escrita.

Assim o amor graceja a Terra

O maior dom se manifesta
Raramente para que alguns tenham o gracejo de viver

O maior espetáculo de amor,
Que pude um dia sentir.

O alvorecer
Após o alfa se tornar ômega
Encontrou-se com o anoitecer

Em um baile interminável,
Resolveram se separar.

As estrelas se formaram com teu amor
Brilharam com tua saudade

A Terra se formou para teu separamento se finalizar
Tuas lágrimas permearam a vida na terra

Sentimo-nos mau em finalizar tal despedida
Permitimo-nos teu encontro para que o acaso perfeito se realiza-se 

Assim o amor graceja a Terra.



João Paulo Francischini  15-12-2011

Dualidade

Procuro pelo limite ilimitado 
Pela cura que envenena 
Pela alma que é plena 

Pelo dia mais escuro
Pelo sonho mais terreno 

As asas que tenho não me passam de uma limitacão.





João Paulo Francischini 20-12-2011

Certo e errado

Adoro a morte aos poucos
O vento leva a carne
O sentimento fica a sofrer

Penalizo-me a cada passo certo
Oque é bom todos ja conhecem

O errado sempre me atraiu


Talvez faça parte polos da alma.


João Paulo Francischini 20-12-2011

Dons venenosos

O maior dom
Se manifesta ao nos desconhecermos

Fico feliz apenas por nao ser.

As sombras me atingem,
Excruciante é a loucura
Me tornei oque nunca quis saber.

João Paulo Francischini 21-12-2011

Simplicidade


  • Me fiz um mundo
    O sol não brilha
    A lua se expressa

    Troquei tudo que tinha de valor,
    Uma flor expressa tudo com simplicidade

    Um mundo de penhascos altos,
    De pessoas menores ainda.

    Um mundo escuro,
    Onde a lucidez é lenda
    A loucura sólida.

    Um mundo de coisas não palpaveis,
    Que não prefiro pensar.

    Um mundo onde louco é uma pessoa sã
    e esta mesma é um deus.

    João Paulo Francischini 20-12-2011

Doce Brincadeira

O mundo me gira
Na desaceleração do momento fico feliz
O mundo me contorna
Na desaceleração do momento fico feliz
O mundo me segura
Na desaceleração do momento fico feliz
O mundo me enrola
Na desaceleração do momento fico feliz
O mundo me vende
Na desaceleração do momento fico feliz
O mundo me troca
Na desaceleração do momento fico feliz
Me levo ate o limite
Na desaceleração do momento fico feliz
Para voltar pela corda
Na desaceleração do momento fico feliz
A corda estoura 
Na desaceleração do momento penso no que fiz.


Joao Paulo Capovilla 18-12-2011

Devaneios da mente

Tudo que me cerca é tão solido

Desejo o novo,
O novo toque da mente em cada parte do todo.

Minha alma implora pela verdadeira existencia do nada na mente.

João Paulo Francischini 21-12-2011

Vagando na escuridao

As pétalas que espalho ao anoitecer, são da lucidez que pensamentos passados, tive de ceifar.
Não as quero mais para mim.
Que o mais puro dos pensamentos a recolha,
A lucidez de um louco hoje em dia pode valer muito mais que a loucura de uma pessoa sã.


João Paulo Francischini 21-12-2011

Drogas da Alma

Vivo de emoções
Emoções fracas nem me fazem levantar do chão,
Preciso de aventuras na beira do precipício da loucura para sentir algo.
É um vicio perigoso, dificil de se sustentar. 
Mas não creio que existam remédios para ele dos quais eu não me vicie também.


João Paulo Francischini 21-12-2011

Me procurando

Adoro sumir, 
Adoro ir a algum lugar onde ninguem jamais me procuraria
Mesclar-me-ei as sombras do pensamento
O guerreiro mais corajoso vibra ao falar-lhe o nome verdadeiro, aquele nome que se mescla as sombras.
O claro é tão nada, tudo sei ver com os olhos .
Mas na escuridão tudo imagino com a mente.

João Paulo Francischini  

O medo

Ei de chegar ao fim cada estacão,
Cada emoção,
Nunca cada memória.

Ei de chegar o fim da pessoa boa,
Da pessoa má,
Da pessoa simples.

Ei de chegar o fim cada sonho,
Cada pesadelo,
Cada acordar.

Aos extremos cheguei,
Ao tentar o relógio voltar,
Por este mesmo no abismo caí,
E o mesmo relógio nos ensina a levantar.

Tenho medo de perder oque ja perdi,
Temo que os dias não possam voltar,
Temo o mundo que esta por vir,
Mas sei que sempre posso levantar.




João Paulo Francischini 20-12-2011

És tu realmente tudo?



Paisagens planas, 

Me invadem os olhos,

Me alucinam a alma. 

Oh minha vida,

Agora percebo como és,

Como foi vivida.


Em grandes passos o mundo se perde,

És realmente com grandes loucuras que vão se achar ?


Muitos beiram o abismo de olhos vendados,

Os que querem lhe achar estão neles pendurados.

És tu vida aquela que deves ser intendida ?

Ou aquela que deve ser vivida ?




João Paulo Francischini 20-12-2011

Terna, doce e eterna paixão

As mãos da mais terna genitora não mais acalentao meus pensamentos. 
Cafunés em minha cabeca somente me fazem ter pesadelos.


Preciso da paixão que queima,
Dos beijos que ardem, 
Dos abraços que juntam.

Minha alma grita pelas emoções embaraçadas,
Noites viradas,
Conversas jogadas.

O pensamento de tudo ser o desejo pela carne,
Submersa em uma das mais profundas emoções da alma,
Acalenta meu pensar.



João Paulo Capovilla 20-12-2011

O que não compreende o verdadeiro



Encontrei a razão na loucura
La estava 
Sentado em minha rua

Espessa era tua ira
Falsa tua verdade

As dores me enchiam a alma
A la sentado estava a se concentrar
Minha mente explodiu em loucura
Estático estava
Concentrei-me no melhor que pude pensar,
A dor começou a aliviar...

La não mais estava a dor rangente
Que me habitava.

Meus pensamentos clarearam,
E percebi...
Aquele sem nome agora me habitava.



João Paulo Francischini 19-12-2011

Ao acaso

Ao acaso. 

Perambulei por memórias,
Quase as pisei...
Quem sou eu para as negar?
Nunca fui perfeito.


Mesmo no meu canto de paz,
Onde meu espirito abre as asas,
Me deparei com o pior.
Nenhum humano em sã consciência desejaria encontra-lo.


Aquela superfície gélida,
Espelhou oque eu sou.

João Paulo Capovilla Francischini

O que sou


Sou a luz que transborda na água,



As palavras que digo são apenas um caminho por onde minha mente vagueia

Sou o calor do fogo em um mundo de gelo.


Nem sempre minha luz vai estar acesa,
 


Tenho minhas próprias batalhar para vencer.



João Paulo Capovilla Francischin
i
Pelo vale vagueio

Um vale inimaginável


Das mais lindas rosas que eu me permito 


imaginar



Com cuidado sempre.


Sei que as folhas secas de temores passados 


estão lá.




Me permito por lá voar


Para que nos temores eu não coloque meu peso.




A ideia de que os demonios tem sono leve, ainda 


me tormenta.






João Paulo Capovilla Francischini

Purificação

Na escuridao ela se lava


Com o conhecimento



Agindo na água da mudança







Naquele ritual palavras definem nomes



Nomes dos quais nunca deveriam se falar





É uma verdadeira carnificina de pensamentos,

Nunca devemos subestimar os demônios que 


alimentamos.







Na mais sólida escuridão, 



Coloquei os 7 pecados capitais.

Não foram suficientes, sou humano.







Minha alma morreu neste dia.



Mas eu logo soube que o pássaro de fogo iria a 


renascer com a 
lágrima do arrependimento e conhecimento pleno.

João Paulo Capovilla Francischini

Quem és



Sou o intocável cercado pelo tocável,


Sou a essência cercada pela flor.

Não sei definir meu caminho por direções.



Gosto do som do inaudível, assim como gosto do 

oásis preto sobre preto.

Minha definição não é definível.