segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Rei

Egocêntrico, acredita nas suas palavras e nenhuma outra.
Canta, dança, pinta, reflete, parte ao meio, multiplica.

É oque é.
Se mente é imperfeito,
Se a verdade o ressoa é porque na verdade foi forjado.

Exclama, interroga, faz-se de bobo, fugaz, escapa entre si.
Pega atalhos, para seu próprio fim sem arrependimento.

Vem de manso até você,
Para o surpreender e faze-lo obedecer.
Vira seu mundo de cabeça para baixo,
Para o lado certo, não suportando desacatos.

Quem o manuseia faz de sua vida algo lirico, algo grandioso,
Tão pequeno quanto o mundo afora.

Definido sempre imperfeitamente,
Faz-se de Rei dentro de cada mente.

Sem limites, limitado por finais imperfeitos dentro da mente de quem o sabe.
É a resposta com um ponto de interrogação.
É o poema que sai pela culatra de minha mão.



João Paulo Capovilla Francischini 27-02-2012

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Pedra sobre pedra, alma sobre alma.

A humanidade sempre quis o de dentro no de fora.
Voávamos a liberdade dentro de nossas almas,
E criou-se o avião.
Conectamo-nos ao mundo com o pensar, com o pulsar,
E se criou a internet e a TV.
Éramos loucos guerreiros contra nós mesmos,
Criou-se a guerra.
Temos belas moradias dentro de nossas almas, com belas pessoas,
E se criou a casa.
Tentamos colocar a alma no sólido, e como previsto saiu imperfeita.
E desta imperfeição muitos vivem hoje em dia, por somente não saber que a plenitude verdadeira não esta.
Simplesmente é.




João Paulo Capovilla Francischini 25-02-2012

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Tenho que...

O rio que navegava lá na colina,
Tem seu redemoinho.
É de um tipo de água vaga,
Que contem sua lembrança.

Fui um tolo,
Achei que estava adormecido,
Mas hoje ao te ver,
Percebi que nunca tinha dormido.

Que sorriso era aquele?
Com um toque de passado,
E uma pitada de maroto.

Seu olhar o qual não consigo definir,
O qual me leva a loucura.

Sei que foi apenas uma troca de ois,
Mas não consigo esquecer.
O redemoinho continua a rodar.
É como se cada ramo estivesse apontando sua direção,
E para la que eu deveria e queria correr.

Mas não,
Aguardo suas palavras no silencio
No meu doce veneno que é esperar.

Proclamo aos céus para que pare de rodar,
Para que uma barragem eu consiga construir,
Para que seu rosto pare de me martelar.

Minha vontade é de abraçar a ansiedade,
Até estourar.
É como se o rio me puxasse,
E só o tempo o pudesse acalmar.

É algo lamentável,
Como um doce menino sorrindo.



João Paulo Capovilla Francischini 21-02-2012

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Ela


No meio desgovernado da folia humana,
Estava no centro da rua ela.

Com seu gingado, que dizia,
Com seu sorriso, poesia.

Pedindo permissão para o chão que a cercava,
E sendo permitida,
Com as mãos para o alto dando graças,
E sendo gracejada.

Dançava sem o medo de ser descoberta,
Dançava com a alegria de não querer saber se estava certa,
Sem o temor das unhas negras que rasgavam o céu ao longe,
Apenas vivendo a dança,
Que naquele instante estava sendo vivida dentro dela.


                                              

 João Paulo Capovilla Francischini 18-02-2012

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

As cores do dia

Rios que teimam em chegar ao mar,
Sacudidos pelos ventos frios da nesvaca que la longe está,
Com seus olhos as estrelas observam,
E para eles brilham iluminando cada um,
De cada jeito diferente que se pode até tocar.
As cores do dia mudaram,
Calor ao frio passam,
Amarelo ao púrpura onde divindades moram,
O mesmo lugar que a  ambição do homem levou,
Quando porem estava em sua frente,
Nada alem de alguns passos na frente de sua mente.
Demônios da garoa vem,
Para tocar suavemente as folhas,
Renovar os círculos,
De cada ramo naturalmente se de desfaz.
As cores do dia mudaram,
Plantando novas sementes,
Na teia que tece toda existência,
Cheio de casulos humanos,
Que almejam ser gente.

 


João Paulo Capovilla Francischini 13-02-2012

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Anja Humana

De pai e mãe,
De lembrança e sentimento,
Nasceu uma menina anjo.

Corajosa,
Nadava contra correnteza.

Determinada,
Subia as nuvens apenas para sentir seu toque aveludado.

Seus corações, seu e de seus amados,
Caminhavam juntos, separados.

Seus piores desafios eram contra a humanidade,
Que lhe jogavam seus espelhos foscos em sua frente,
E um rosto como todo os outros, era julgado diferente.
Porem descobriu,
Que a fé no universo não se perdia com simples espelhos,
E se renovava com os pequenos nichos do Grande Rio,
Que te mostravam o que para maioria é mantido em segredo.

Como todos meros mortais,
Deixou seu corpo falecer,
A partir de então viveu nas lembranças,
E no coração de cada alguém que,
Trilhou junto contigo,
E se fez por merecer.

E no fim da peca os mais calorosos uivos e aplausos,
Para a derrotada pela vida,
Que venceu apesar de tudo,
Menina Anjo,
Meu ser,
Meu tudo.





                                              João Paulo Capovilla Francischini 10-02-2012

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Tristeza

Com seu olhar carente e sofrido,
Na minha frente debruçado esta um belo menino,
Olhos meigos que se põe a chorar,
Afagos ternos do calor de minhas palavras,
Parecem não funcionar.

Entre soluços ele me diz,
Tentei ajudar.
E sua vida,
Que bela é!
Desculpe-me moço,
só a fiz piorar.

Dei-lhe um abraço forte,
Aquele menino doce,
Como seu corpo era frio!
E para piorar,
Estava cheio de vida.

Percebi o caminho que ele fez,
Que o fez,
Por onde seu jeito desengonçado caminhava,
Cascalhos afiados deixava.
Me disse que os queria redondos e macios,
Mas não conseguia,
E sempre continuava a tentar corrigir o erro de outrora.

Que coração mole o meu ficou,
Expliquei-lhe que não tinha problema,
Seus cascalhos me melhoraram,
E não me importava mais com os problemas.

Rastejando,
Para o meu âmago,
Pude faze-lo feliz,
Pelo íntimo instante.

Seu nome descobri,
Não me importei,,
Nem o tirei o sorriso
Sou seu ombro amigo,
E nunca se esqueça disto,
Tristeza!


João Paulo Capovilla Francischini 01-02-2012

Felicidade

Uma garotinha que se esconde em um beco escuro,
O qual cobri com medo de olhar,
Seu rosto feroz e fugaz,
Ataca quem ousar a observar.

Se persisto em deixá-la ali,
Devora meus pensamentos com os olhos,
E me traz o sempre importuno "será?...".

Quando finalmente resolvo a conhecer,
Ela me ataca ferozmente,
E desde ja comeca a refazer meu caminho,
Antes cheio de pedregulhos,
Agora com heras os encubrindo.

Pergunto seu nome,
E com grande vivacidade,
Em uma dança ousada e feroz,
Ela me exclama,
Felicidade!



                                           João Paulo Capovilla Francischini 01-02-2012