Ao mesmo tempo que gritava
Sussurrava contos e fábulas em meu ouvido
Me abracava com os olhos
Me beijava com o sorriso
Era assim ele, deitado na cama naquele dia frio
Deixando entrar e penetrar as poucas faíscas de sol da manha.
- Por que estais tão longe meu Romeo ?
- Se não quiseres que meu coração te devore, é melhor ficarmos assim.
- Ora ora (disse delicadamente) quanta insegurança, suba na cama comigo logo, não se acanhe, quero uma dança...
-Estais louco ? Uma dança em cima do colchão a esta hora?
Não tive tempo para pensar,
Já estava amarrado em seu braco
Colado em seus olhos
E seu perfume devorava aos poucos minha sanidade.
Não que eu tivesse asas, mas perdi meu chão.
Afundava sem querer a cada passo desmedido
O chão tremeu ousadamente
Ainda não tinha minhas asas, porem certeza eu tinha que ao contrário do chão seus bracos estavam firmes.
-Se me soltar eu te mato.
-Se morrer eu te beijo
-E se o chão chegar ?
-Voltamos para a cama onde tudo é mais intenso, cada palavra, cada chamego.
João Paulo Capovilla Francischini 09-06-2012
A D O R E I ! ! ! !
ResponderExcluir