sexta-feira, 6 de abril de 2012

Arrepios viris

Desejo pela carne,
Leves mordidas que tornam a pele doce,
Mordidas que entram de fininho e se explodem em arrepios,
Atrás do pescoço, na orelha ou na parte viril.
Mordidas do cio.

Beijos suaves que se dão por ardentes,
Que multiplicam o calor dos corpos jovens suados em uma noite doente.
Beijos que descem para puxar do fundo os desejos reprimidos de um jovem solene.

Caricias trocadas por baixo dos cobertores,
Pouco importando se são amadores
São caricias de jovens que saem da zona do pudor 
E entram no mundo dos amores.

Mundo tão frenético como usar uma droga,
Sendo uma droga usada por todos.
A droga do sexo,
Que se levanta a cada noite,
Clamando por novos sabores,
Por novos beijos e arranhões gritantes,
Na noite silenciosa de dois amantes.

E em seu final o repuxo do êxtase
Reprimido, soltando um novo grito de libertação.
E o beijo final que se da por cansaço,
O nobre ultimo ato
De mais uma noite afinal.
E la se vão dois corpos suados,
A sonhar enrolados,
Na noite que se vem no mesmo passo.






João Paulo Capovilla Francischini 06.04.2012

Nenhum comentário:

Postar um comentário