domingo, 8 de abril de 2012

Relógios ao contrário

Tem coisa mais bela do que rever velhos amigos?
Me pego desprevenido por esta pergunta quase sempre.

Memórias de um verão e outono na rua brincando,
Na escola partilhando os poucos chicletes e assuntos que se tinham,
Na rua dando risadas dos tombos e gargalhadas das piadas sem graça.
Aquela amizade gostosa, acolhedora que se tem na infância.

Lembro ainda que apostava corrida com meu irmão
Para ver quem chegava primeiro em sua casa,
Corríamos e pedalávamos sem parar para somente chegar lá e começar a gargalhar. 

Então veio a mudança de ainda não sei oque,
Que nos separou e no começo muito me fez sofrer.

Alguns anos após
Em um encontro do destino sinto meu celular a vibrar
-Vi você a passar em frente a minha casa, sei que tem algo de estranho. Venha vamos conversar.
- (entre lágrimas empurradas goela abaixo) Estou bem... não precisa se incomodar.
- Fique ai me esperando, já vou me trocar.

Encostado em teu colo, com lágrimas e cafunés, contei o ocorrido e como sempre você foi meu anjo-amigo.

A partir de então, passamos tempos livres nostálgicos.

E para minha surpresa tinha o mesmo perfume de quando éramos crianças.
Esta foi a minha certeza, de que a mágica do mundo estava se entrelaçando no dia-a-dia.



João Paulo Capovilla Francischini 08.04.2012


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