terça-feira, 24 de abril de 2012

Anabeth


Anabeth é o tipo de pessoa
Que se escondia nos bolsos da jaqueta masculina
E ficava ali a dar risadas sozinha dos unicórnios que via no escuro
Nas pequenas brechas de luz do novo dia.

Ela gloriava cada dia sem indiferença
E isto jurava que fazia toda diferença
Alem de que dançava no primeiro badalar após meia-noite
Pois o dia virou, a madrugada veio,
E o Sol, ah o Sol ... Esperava a deixa para se mostrar a ela,
Doce e belo Sol que se mostrava no raiar desconhecido para Anabeth.

Ficava até as 23:00 deitada no chão do gramado,
Com seu maco de cigarros doces,
Dando risadas das constelações e de suas previsões atrapalhadas.
Sem contar das que ela inventada,
Como a constelação do quadro, que apesar de muito tentar, só ela enxergava.

Contava inúmeras 3Marias 
Nem que cada uma estivesse em algum canto do seu céu,
Sempre para ela seriam 3Marias
Por mais que elas mesmos se desconheciam, ela as conhecia com a palma de seu ver.

Enquanto ao entardecer a primeira estrela surgia
Cantava com alegria e um riso bobo nas bochechas :
QUE-BEI-JI-NHO-DO-CE-ELE-TEM    Ó-MEU-ALÉM

Ela beija seu cachorro na boca
Pois só ele tem o gosto selvagem do BEI-JI-NHO-DO-CE

Danca na rua, brinca com as folhas, sente as árvores,
Fazia reverencias japonesas aos cachorros
Pois ela certeza tinha que eles a respondiam. 

No primeiro dia/encantado que a vi,
Perguntei seu nome, e ela me falou que era Batata
Dei risada haha, 
Mas no que vi no seu olho
Percebi que era ela a 
Encarnada-Santa-Maria-Cheia-De-Graca.

 

João Paulo Capovilla Francischini 24-04-2012






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