Escrevo-me oque acho que sou,
Temo oque sinto.
Temo que as palavras se revoltem,
E voltem a mim,
Com o verdadeiro nome a me esperar.
Temo que em um total de frases,
Eu transcreva os olhos que me vejo,
Os chicotes que me purifico.
Temo ainda mais,
Que o texto que me tenta,
O texto que me vicia,
O mesmo texto que aqui escrevo,
Seja apenas mais um dos espelhos que me vejo,
Um espelho que me mostre,
Oque não quero enxergar.
João Paulo Capovilla Francischini 25-12-2011
Nenhum comentário:
Postar um comentário