terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Tenho que...

O rio que navegava lá na colina,
Tem seu redemoinho.
É de um tipo de água vaga,
Que contem sua lembrança.

Fui um tolo,
Achei que estava adormecido,
Mas hoje ao te ver,
Percebi que nunca tinha dormido.

Que sorriso era aquele?
Com um toque de passado,
E uma pitada de maroto.

Seu olhar o qual não consigo definir,
O qual me leva a loucura.

Sei que foi apenas uma troca de ois,
Mas não consigo esquecer.
O redemoinho continua a rodar.
É como se cada ramo estivesse apontando sua direção,
E para la que eu deveria e queria correr.

Mas não,
Aguardo suas palavras no silencio
No meu doce veneno que é esperar.

Proclamo aos céus para que pare de rodar,
Para que uma barragem eu consiga construir,
Para que seu rosto pare de me martelar.

Minha vontade é de abraçar a ansiedade,
Até estourar.
É como se o rio me puxasse,
E só o tempo o pudesse acalmar.

É algo lamentável,
Como um doce menino sorrindo.



João Paulo Capovilla Francischini 21-02-2012

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