quarta-feira, 2 de maio de 2012

Liberte seus sapatos, cuidado onde anda.


Aquele sentimento de estar quase escapando, 
E mesmo com as mãos sangrando não deixar escapar 
E no fim implacável, cair de rosto no chão áspero,com lagrimas a soltar. 
Era isso minha triste definição de amor,
Me custou muito a informação de que não mais devo segurar. 
Devo de todos meu medos, meu amores, me soltar e acompanha-los como um gentil dono a caminhar. 

 Esses dias atrás caminhei com um desses cachorros mestiços, 
Passamos pela cozinha, passamos pela sala de jantar. 
Os convidados postos a mesa, elegantes trajes de gala a brindar. 
Brindavam algo como prosperidade e dinheiro, 
Meu cão abanou o rabo e começou a rosnar. 
Ao invés da coleira por, deixei-o latir e quando era o ápice de meu temor, comecei a dançar. 
Mistos de valsa e tango fluíam de meus pés, 
Perigosos como tiros de foguete em conjunto com um beijo ardente.
Era como se cada passo explodisse o chão, ou talvez fossem meus sapatos. 
Que nobres e únicos passos aquela noite eu dancei... 
Enquanto todos olhavam perplexos -Quem é este palhaço ? 

Quando dei por mim estava no espaço,
Brilhando junto aos astros, sorrindo em conjunto com a lua. 
Senti as ondas do Sol, mas não estava no mar. 
Ouvi o barulho do céu atormentador a se aumentar e aumentar. 
Então houve o puxão, desci desci desci ate o chão.
Estava lá eu estático no piso de meu palácio, 
Procurando no meu único maço o ultimo cigarro para acender,
Enquanto ouvia dizerem em alto e bom som: - humpf, mas que garoto problemático ... 

 A chama se ascendeu e o mundo se tornou simpático.


 


João Paulo Capovilla Francischini 02-05-2012

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