Aquele sentimento de estar quase escapando,
E mesmo com as mãos sangrando não deixar escapar
E no fim implacável, cair de rosto no chão áspero,com lagrimas a soltar.
Era isso minha triste definição de amor,
Me custou muito a informação de que não mais devo segurar.
Devo de todos meu medos, meu amores, me soltar
e acompanha-los como um gentil dono a caminhar.
Esses dias atrás caminhei com um desses cachorros mestiços,
Passamos pela cozinha, passamos pela sala de jantar.
Os convidados postos a mesa, elegantes trajes de gala a brindar.
Brindavam algo como prosperidade e dinheiro,
Meu cão abanou o rabo e começou a rosnar.
Ao invés da coleira por, deixei-o latir
e quando era o ápice de meu temor, comecei a dançar.
Mistos de valsa e tango fluíam de meus pés,
Perigosos como tiros de foguete em conjunto com um beijo ardente.
Era como se cada passo explodisse o chão, ou talvez fossem meus sapatos.
Que nobres e únicos passos aquela noite eu dancei...
Enquanto todos olhavam perplexos -Quem é este palhaço ?
Quando dei por mim estava no espaço,
Brilhando junto aos astros, sorrindo em conjunto com a lua.
Senti as ondas do Sol, mas não estava no mar.
Ouvi o barulho do céu atormentador a se aumentar e aumentar.
Então houve o puxão, desci desci desci ate o chão.
Estava lá eu estático no piso de meu palácio,
Procurando no meu único maço o ultimo cigarro para acender,
Enquanto ouvia dizerem em alto e bom som: - humpf, mas que garoto problemático ...
A chama se ascendeu e o mundo se tornou simpático.
João Paulo Capovilla Francischini 02-05-2012
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