sábado, 18 de fevereiro de 2012

Ela


No meio desgovernado da folia humana,
Estava no centro da rua ela.

Com seu gingado, que dizia,
Com seu sorriso, poesia.

Pedindo permissão para o chão que a cercava,
E sendo permitida,
Com as mãos para o alto dando graças,
E sendo gracejada.

Dançava sem o medo de ser descoberta,
Dançava com a alegria de não querer saber se estava certa,
Sem o temor das unhas negras que rasgavam o céu ao longe,
Apenas vivendo a dança,
Que naquele instante estava sendo vivida dentro dela.


                                              

 João Paulo Capovilla Francischini 18-02-2012

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